Ato #13A
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Nota de Esclarecimento

Por Alexandro Garcia Ribeiro, Presidente do STIM Salto.

Em virtude da publicação na página do Facebook do Jornal Taperá, que noticiou o ato contra a Reforma da Previdência e os cortes na educação, levando a algumas tentativas de ataques para humilhar e ofender, através de comentários, os indivíduos e entidades participantes do ato realizado ontem (13) em Salto, se faz de bom tom esta nota de esclarecimento por parte deste sindicato. 
Primeiro, é necessário dizer que existe uma confusão quando usamos os termos “maioria” e “minoria” hoje em dia. Na maior parte das vezes, nós, deste sindicato, representamos uma maioria que, enquanto indivíduo e também enquanto classe, muitas vezes não tem voz. Dentre alguns outros aspectos, é a falta de voz que caracteriza a minoria, não a quantidade de pessoas. Não nos enganemos. Somos numerosamente maioria. NÃO fazemos parte daquela pequena porcentagem da elite. 
Nós participamos e apoiamos o ato. 
É importante destacar que as pautas da manifestação impactam toda a sociedade, são decisões governamentais que atingem principalmente os trabalhadores e mais pobres. Não consideramos que são propostas justas e, muito menos, que visem REALMENTE beneficiar a sociedade. Percebemos que o governo tem buscado medidas para mudanças, sob justificativas que não se sustentam. Mas essas medidas desencadearão mudanças que afetarão uma maioria. Aqueles que não precisam se preocupar com aposentadoria nem com corte em educação, sabem que nem eles nem ninguém de suas famílias, nem a próxima geração deles, serão afetados. Por isso faz um total de zero diferença. Porque não os atingem. 
É com esse pensamento que o Sindicato prestou apoio ao ato de ontem em Salto. Eu, Alexandro Garcia Ribeiro, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Salto, estava lá como indivíduo e como representante da categoria dos metalúrgicos daqui, junto a outros dirigentes. Todas as vezes que nos manifestamos, é em prol dessa maioria, que simbolicamente é minoria. Porque governantes que deveriam respeitar a vontade soberana do povo só respeitam seus próprios interesses, mesmo que sejam coisas que ferem a sociedade, com todos pagando pelas escolhas desses poucos. 
Os “populares” não percebem que estão indo contra seus próprios interesses, favorecendo um discurso elitista. 
Podemos levar em consideração que não se sentem representados, porém, a maior parte das críticas demonstrava que eles não faziam ideia do que realmente ocorreu no ato e de quem são os indivíduos responsáveis por ele.
Estão movidos por ódio e por uma construção ideológica que propõe uma cartilha minuciosa de como dar um tiro no próprio pé. Não percebem, mas estão no mesmo barco, pois seremos todos afetados. A luta não é apenas nossa, é de todos. Não é à toa que dizemos TODOS contra a reforma, TODOS pela educação.
Os sindicatos surgiram através do povo e, pelo povo, seguirá na luta.