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Editorial: CAMPANHA SALARIAL 2020

Por Jean Robert Honório – Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Salto

A campanha salarial da categoria metalúrgica está na fase de negociações. Representados pela direção da FEM/CUT e sindicatos associados, trabalhadores e trabalhadoras têm buscado, junto ao sindicato patronal, a efetivação de uma proposta que contemple os interesses de nossa categoria. A pauta foi protocolada no mês de junho, juntamente com pedidos de reuniões com os representantes patronais. Infelizmente, com as restrições do distanciamento social, não é possível fazer reuniões de forma presencial, sendo as reuniões realizadas por vídeo conferência.

O presidente FEM/CUT e as direções dos sindicatos associados têm se reunido periodicamente com os representantes patronais. Estamos no meio do mês de agosto e os patrões ainda não formalizaram uma proposta de renovação da CCT, nem tampouco de proposta econômica.

Sabemos que 2020 é um ano atípico. Que há crises de saúde, política e econômica, latentes em toda a sociedade brasileira. 

Nossa categoria aprovou as pautas na assembleia de abertura da campanha salarial no mês de junho.   A FEM/CUT e sindicatos associados têm reafirmado e batalhado, nas reuniões, as pautas aprovadas: vida, emprego e renda. Cobramos que as empresas garantam a salubridade de seus trabalhadores e os empregos, bem como recompor as perdas salariais.

É sempre importante frisar que a Campanha Salarial e as Negociações Coletivas configuram um momento ímpar de integração de nossa categoria metalúrgica, propiciando a união de nossas bases com o sindicato. Nossas conquistas dependem de nossa luta e é através da unidade que garantiremos os direitos conquistados na CCT e a recomposição econômica em 2020.

Não podemos aceitar que conquistas históricas dos trabalhadores sejam extintas. Com previsão de inflação de aproximadamente 2,57%, de setembro 2019 a setembro 2020, deixamos bem claro que não vamos permitir que os trabalhadores paguem a conta pelo repasse dos prejuízos das crises política e econômica. Essa conta não pode cair no colo da classe trabalhadora.